A entrada da criança no campo da linguagem não se mede apenas pelo vocabulário ou quantidade de palavrinhas que apresenta, nem muito menos pelo domínio da sintaxe e da gramática.
— Principalmente pela forma como a criança se coloca e faz uso dos recursos da língua.
A entrada no campo da linguagem sem sintomas clínicos possibilita que a criança use os recursos linguísticos para se manter em um tema na conversa, reconhecer a fala do outro e seus significados.
A criança com desenvolvimento de linguagem saudável tenta decifrar o enigma de uma nova palavra em um contexto que é posto e endereçado a ela, analisando o contexto.
— Algumas crianças conseguem manejar bem os recursos linguísticos, falhando na produção e planejamento da fala, o produto final.
— Outras crianças podem falar absolutamente tudo, porém, sem um bom manejo dos recursos linguísticos, não conseguindo engajar ou se manter em um diálogo com um interlocutor.
Já algumas podem apresentar alterações tanto de fala como de linguagem.
Uma avaliação atenciosa e a escuta do discurso dos pais sobre a criança podem colaborar de forma importante para o plano terapêutico e suporte familiar.
Dra. Patrícia Vilas Boas – Fonoaudióloga e Psicopedagoga