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O que a mãe come pode dar cólica ao bebê?

Lembro como se fosse ontem, eu saindo da primeira consulta de Otto com uma Pediatra com uma lista de “alimentos proibidos” que dava volta no quarteirão!

Eita, que era chocolate, feijão, alho, cebola, repolho, laticínios… Menino, uma lista interminável!

Cheia de medos, cheia de mitos e cheia de informação atrasada, quando chegaram as cólicas de Otto, eu só me culpava: o que eu comi? Isso ficava repetindo na minha mente! Crueldade demais com uma mãe no puerpério!

Mas e aí? Será que o que a mãe que amamenta come dá cólica ao bebê?

Minha experiência me diz que não!

Ou pelo menos, não necessariamente! As cólicas ou o “choro inexplicável do Lactente” (pauta para outro post), decorrem majoritariamente da imaturidade do sistema gastrointestinal do bebê, que está aprendendo ainda a digerir os alimentos!

Laura, por exemplo, não teve cólicas!

Assim, a orientação da @sociedadebrasileiradepediatria é de que:

A MÃE NÃO PRECISA TIRAR NADA DO QUE ESTÁ ACOSTUMADA A COMER, DESDE QUE MANTENHA UMA DIETA SAUDÁVEL E EQUILIBRADA!

Sim, chocolate, feijão, brócolis, liberados, mãe!

Exceto em casos de alergia alimentar, como APLV, mas isso também é pauta para outro post!

Então, essa orientação de dieta restritiva para a lactante além de ser apenas um COMPLICADOR DE PUERPÉRIO, não tem nenhum embasamento científico!

Isso porque, eu já expliquei aqui, nossas glândulas mamárias funcionam como verdadeiras barreiras, lembrando que o alimento será metabolizado em nosso organismo e somente seus nutrientes e algumas outras poucas partículas passarão para o Leite Materno!

Então, mamãe, facilita sua vida! Relaxe!

Continue com sua dieta normal, prestando atenção em como o bebê reage, mas entenda, se ele for ter cólicas, será, independentemente do que você come e o mais importante: a culpa não é sua!

Busque um profissional que ao invés de te orientar a dietas restritivas malucas, te prepare e te oriente em como acalmar, melhorar e acolher esse bebê quando e se ele tiver cólicas!

obs. A Higiene Natural pode te ajudar muito nesse sentido! ❤️
 
Tylara Jansen – Mãe de Otto e Laura

Cadeirinha de Descanso bebe

Seu filho NÃO precisa deste item!

Tá montando um enxoval? Hoje vou te trazer mais um item para riscar da lista e economizar uns R$ 300,00!

As cadeirinhas de descanso/balanço podem até parecer uma boa ideia para quem não tem aquela disponibilidade para estar com seu bebê o tempo todo no colo, mas só parecem!

A cadeirinha não promove nenhum benefício ao desenvolvimento do bebê, pelo contrário, pode, inclusive, atrapalhar o seu desenvolvimento, principalmente, motor!

Isso porque, a posição em que o bebê fica não é nada anatômica, atrofia o desenvolvimento motor, sendo, inclusive, perigosa!

Não é a toa que a SPB passou defender que, se usada, tal uso deve ser com muita atenção e parcimônia.

Um levantamento pela CDC nos EUA, revelou que entre os anos de 2011 e 2018 32 crianças morreram em decorrência do uso desse tipo de cadeirinha, mais especificamente o “Rock’n Play Sleeper”, da marca Fisher-Price.

O maior risco associado a tal item é do bebê dormir nessa cadeirinha, e por conta da não sustentação da cabecinha e da posição nada anatômica que o bebê fica, sofrer asfixia postural (já falei aqui sobre no post do bebê conforto).

Mas outros problemas são associados, principalmente, motores e atrasos no desenvolvimento!

Se o bebê ficar muito nessa posição, o desenvolvimento dos músculos das costas e do controle cervical, essenciais para que comece a rolar, para que se sente, até mesmo o mais básico o controle de girar o pescoço, ficam comprometidos. E esses são importantes marcos para o bebê.

Por isso, o Bebê precisa ficar ou no colo ou no chão!

Economize com esse item e invista em um bom tapete, organize um ambiente seguro para deixar o bebê no chão, sob sua supervisão. Procure tapetinhos de atividades com brinquedinhos.

Com certeza seu bebê estará mais seguro e mais feliz, desenvolvendo, conforme seu tempo!

Tylara Jansen – Mãe de Otto e Laura.

golden hour - hora dourada - primeira hora de vida

The Golden Hour – A Primeira Hora

A primeira hora de vida após o parto é tão importante que ganhou o nome de Hora de Ouro, ou Golden Hour, em inglês.

Ao nascer, por meio de parto normal ou cesariana, o contato do bebê com a pele da mãe, próximo ao peito ou ao abdômen, promove benefícios fisiológicos e emocionais que são vistos a longo prazo.

A hora de ouro é mágica, porque mantém o calor do recém-nascido; mãe e bebê se descobrem e reforçam os vínculos; os níveis de ocitocina continuam a subir e ocorre uma descarga de prolactina, o que favorece a amamentação.

Além do reconfortante calor no corpo, a sensação de estar perto do tão conhecido barulho do coração da mãe traz segurança e acalma o recém-nascido, proporcionando estabilização de parâmetros como batimentos cardíacos.

O misto de estímulos do novo ambiente com o aconchego da mãe faz com que muitos bebês procurem o seio e comecem a sugá-lo espontaneamente. É uma oportunidade para estrear no processo de aleitamento.

A OMS, inclusive, recomenda que a amamentação seja iniciada na primeira hora de vida, pois se associa a maior duração da amamentação, melhor interação mãe-bebê e menor risco de hemorragia materna.

A redução de riscos de hemorragia após o parto se dá porque o aleitamento aumenta os níveis de ocitocina, substância que atua tanto para auxiliar a liberação de leite quanto para favorecer a contração uterina.

A amamentação na primeira hora de vida reforça o sistema Imunológico, provendo ao bebê o colostro, rico em anticorpos, além de estar relacionada a uma redução de 22% do risco de mortalidade neonatal.

Na Hora de Ouro e no prosseguimento da amamentação, damos ao bebê um legado para a vida toda; uma base de resistência contra doenças. Inclua em seu plano de parto e caso não seja procedimento do hospital, peça.

Tylara Jansen – Mãe de Otto e Laura